Estado vai pagar R$ 35 milhões por celas reprovadas pela União

A Verdi Construções virou freguesa do Estado de Alagoas. Em setembro deste ano, a empresa apareceu no noticiário nacional por ter erguido celas com estrutura sob suspeita em Santa Catarina. Em matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, especialistas diziam que as paredes poderiam ser derrubadas com golpes de marreta. Por prevenção, o Ministério da Justiça, que pretendia liberar R$ 176 milhões para oito estados construir presídios com a Verdi, entre eles Alagoas, suspendeu o envio do dinheiro, até que uma investigação fosse feita. A suspeita era de superfaturamento e de dispensa irregular de licitação com base na alegação de suposta exclusividade do método de construção. Mesmo assim, o governo reservou R$ 35 milhões dos empréstimos que pediu ao BNDES e BIRD para que a Verdi construa uma unidade prisional com 789 vagas na cidade de Girau do Ponciano.

A informação está no Diário Oficial do Estado, do último dia 19 de novembro. Além do valor, consta no “Ato de Ratificação”, assinado pelo superintendente Geral de Administração Penitenciária, coronel Carlos Luna, a confirmação do “procedimento de inexigibilidade de licitação”, que garante a Verdi Construções assumir a obra sem concorrência. A empresa, com sede no Rio Grande do Sul, há um ano, concluiu a construção de celas com 96 vagas no sistema prisional de Maceió.

No próximo mês, o governo planeja entregar mais 96 vagas, também estruturadas com obras da Verdi, que do ano passado até hoje, de acordo com o Portal da Transparência Ruth Cardoso, já embolsou mais de R$ 6 milhões de recursos próprios do Estado. O governo também planeja erguer três unidades prisionais na cidade de Messias, com 1.800 vagas, ao custo de R$ 148 milhões. Para esta obra, a Verdi, que trabalha para integrar uma Parceria Público Privada (PPP), já foi autorizada a apresentar proposta.

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